Avanço da medicina aumenta as chances de remissão do câncer de medula óssea
Tipo de câncer que afeta as células produzidas pela medula óssea, responsáveis por produzir anticorpos, o Mieloma Múltiplo torna o sistema imunológico mais frágil, aumentando o risco de infecções. A doença não tem uma causa específica e costuma ocorrer devido a alterações genéticas que afetam o funcionamento das células da medula óssea.
Em uma fase inicial, o mieloma múltiplo não causa sintomas, mas ao longo do tempo pode provocar sinais como fraqueza, dor nos ossos, sonolência ou anemia. O diagnóstico inicia quando pacientes com anemia, lesões ósseas suspeitas, alterações nas funções renais, aumento do nível de cálcio ou infecções de repetição são encaminhados para o hematologista – profissional especializado em doenças do sangue.
Doença considerada crônica, o câncer de medula óssea não tem cura, mas o paciente pode alcançar uma remissão. O termo significa que a doença está controlada, sendo necessário o acompanhamento regular. Nos últimos anos, com o advento da imunoterapia e novas drogas imunomoduladoras, a eficiência dos tratamentos evoluiu, alcançando resultados cada vez melhores.
O tratamento inclui quimioterapia, que consiste na união entre diferentes classes de medicamentos e o transplante autólogo de medula óssea, onde o doador é o próprio paciente. A exceção são pessoas com mais de 70 anos ou com múltiplas comorbidades, capazes de prejudicar a recuperação, para as quais o transplante não é recomendado.
Os resultados se mostram positivos logo após o primeiro tratamento, com o qual o paciente conquista uma melhora parcial ou completa. Após o transplante, é possível alcançar remissões ainda mais profundas e duradouras.
A doença ainda é um desafio e exige alto índice de suspeição, tendo em vista que os estágios avançados estão associados a prognóstico pior. Um encaminhamento rápido para o hematologista permite a instituição do melhor tratamento, podendo evitar quadros graves como diálise e fraturas ósseas.
Atendimento Humanizado
Diagnosticada com um tumor raro na medula óssea, Graciela Manini iniciou o tratamento em dezembro de 2019 com a Dra. Juliana Kratochvil, no Centro de Oncologia – CRON. Para ela, o atendimento humanizado e a acolhida por parte da hematologista e demais profissionais do CRON foi fundamental na batalha contra a doença.
“Agradeço a Dra. Juliana por ser essa profissional muito atenta e com um olhar sensível para as questões que permeiam o câncer”, destaca. Segundo Graciela, a doença, mesmo física, mexe com o psicológico do paciente e de toda a família. “Os atendimentos leves e humanizados fizeram com que a minha família encontrasse conforto e ao mesmo tempo coragem para enfrentar aquele momento difícil”, ressalta.
Passados quase dois anos do diagnóstico, Graciela também destaca o atendimento pós-remissão da doença, caracterizado pelo mesmo zelo e atenção dedicadas durante o tratamento. “No CRON, encontrei pessoas que fazem da sua profissão uma missão de vida, fazendo tudo com muito amor. Toda a equipe, desde o administrativo, enfermagem, farmacêutico, psicólogo, nutricionista e médicos fazem parte desse perfil que tem como missão cuidar dos outros.”